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Existe hoje uma tendência em resolver quase todos os problemas estéticos anteriores com procedimentos indiretos cerâmicos. Desde as tão aclamadas lentes de contato até as coroas totais. Parece até que pequenas restaurações como as conhecidas cavidades de classe III não existem mais nos nossos consultórios. Mas sabemos que existem e que muitas vezes dão trabalho para que bons resultados sejam obtidos, tanto com relação a devolução do contorno e do contato, como no que se refere as características estéticas. Reproduzir restaurações anteriores esteticamente agradáveis requer uma combinação de fatores, e como diz o Prof. Newton Fahl “isso envolve a compreensão abrangente da forma, cor, função e propriedades ópticas naturais dos dentes, a fim de selecionar os materiais de substituição mais adequadas”.
Nesse tipo de restauração, classe III, existe um desafio, dentre outros, a ser alcançado: acertar a opacidade. Existe hoje uma variedade grande de resinas compostas, com diversas tonalidades e de graus diferentes de translucidez. Mas que tal simplificarmos esse resultado? Cavidades pequenas de classe III, apenas uma resina de corpo/body ou esmalte cromático. Cavidades grandes que estão a beira de se tornarem uma classe IV? Essas temos que primeiro observar os dentes vizinhos. Quanto de caracterizações esses apresentam? Muitas vezes podemos resolver empregando apenas duas resinas, uma de dentina, para mascarar o fundo escuro da boca, e uma de corpo/body ou esmalte cromático, para criar a sensação de profundidade. A grande maioria dos casos podem ser resolvidos com esse protocolo descomplicado. Bons resultados não necessariamente estão ligados às técnicas de estratificação complicadas, isso envolve apenas algumas situações específicas.
Excelência de resultado não está ligada apenas ao acerto da cor, mas também a devolução do contorno, contato, linhas, sulcos e texturização das restaurações.