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Fico pensando porque hoje as pessoas querem ser iguais, como cópias de uma série. E não basta serem cópias, precisam ser cópias perfeitas, belas e maravilhosas. Essa necessidade aparece em vários aspectos e um dos maiores desejos de consumo está no sorriso perfeito. Essa busca pela beleza transcende a normalidade. Fico olhando e pensando onde foi que nós erramos? Nós quem? Nós, dentistas. Quando, onde e quem disse ao mundo que dentes humanos são quase azuis de tão brancos? Que os dentes devem ser, além de totalmente brancos, absolutamente iguais e simétricos, sem nada que os caracterize como aquilo que a natureza criou. A natureza e a beleza não são estáticas, apresentam um movimento embalado nas leves imperfeições, nas várias nuances de cores, nas pequenas ondulações das texturas e nas pequenas assimetrias, que caracterizam a individualidade dos sorrisos. Chega de vender sorrisos padronizados. A verdadeira beleza está na harmonia e não na perfeição