Tempo de leitura: 3 minutos
Transcrição do vídeo
Muita gente me pergunta, posso reparar resinas compostas ou tenho que refazer toda a restauração? E se vou reparar como posso fazer? Se você também tem essas dúvidas fique aqui que hoje vamos conversar sobre isso.
Então vamos lá, eu sou Dulce Simões do Inspirando Dentistas e a função dos nossos vídeos e podcasts semanais é facilitar a sua vida através do conhecimento. E eu acredito verdadeiramente que esses poucos minutos semanais podem fazer isso. Se você concorda comigo não saia daqui sem curtir, colocar um comentário, fazer sugestões e compartilhar.
Pois então vamos ao que te interessa, que é o conhecimento. Já fiz uma postagem sobre esse mesmo assunto há um tempo, mas vale sempre a pena repetir, principalmente para aqueles que estão chegando por aqui agora. Pois vamos a primeira pergunta: Posso reparar restaurações de resina? A resposta é sim, desde que você ao observar as margens dessa restauração elas estejam íntegras sem possibilidades de microinfiltração. Caso você tenha dúvidas quanto a isso, melhor refazer. Eu tenho uma conduta. Se a restauração foi feita por mim, meu paciente, que acompanho, e se esta restauração realmente não tem sinais de microinfiltração eu faço o reparo. Se é uma restauração feita por outra pessoa e como não sei o que tem ali por baixo, prefiro refazer geral. Respondida a primeira questão.
E a segunda é: Como fazer esse reparo? Primeira coisa que quero dizer para você: resina reparada é resina repara, e apresenta de 25 a 80% de resistência coesiva do material sem reparo. E essa variação depende do que? Depende das inúmeras variáveis decorrentes do procedimento do reparo.
A literatura é unânime em afirmar que a melhor resistência é conseguida quando a superfície da resina composta é abrasionada com um jato de óxido de alumínio, seguindo pela aplicação do ácido fosfórico que aqui não tem função de condicionamento, mas sim de limpeza da cavidade. Ah! Dulce mas eu não tenho jato de óxido de alumínio, como faço? Se você não tem esse jato use uma broca diamantina para fazer essa asperização e depois use o ácido fosfórico.
Ah! mas eu ouvi, não sei onde, que também devo usar o ácido fluorídrico. Devo usar? Não, inclusive alguns trabalhos dizem que o uso desse ácido pode até diminuir essa resistência interfacial, entre a resina velha e a resina nova.
Feito isso podemos ou não, passo dispensável, mas não errado, usar o silano por 30 segundos. Passado esse tempo, fazemos a aplicação do adesivo, atenção amiguinhos, a parte hidrofóbica do adesivo, ou seja o bond, ou seja, do convencional de 3 passos o frasco de número 3 e dos autocondicionantes de 2 passos o frasco de número 2.
Outro mimimi. Ah! Dulce não tenho, pois uso convencional de 2 passos ou autocondicionante de 1 passo, posso usar? Conhece aquele frase que diz, nem tudo é proibido mas nem tudo convém? Pois se aplica nesse caso. Sabemos que sistemas adesivos convencionais de 2 passos e autocondicionantes de passo único são mais hidrofílicos que os que tem como última camada o bond, já sabemos disso ou não sabemos? Então a explicação tem a ver exatamente com esse fato. Devido as características hidrofóbicas desse bond, do bond sozinho, e sendo hidrofóbico absorve menos líquido e consequentemente reduz a possibilidade de pigmentação na interface do reparo ao longo do tempo. Entenderam porque não convém???
E depois da colocação do adesivo colocamos a resina composta escolhida para a situação.
Gostaram? Faz sentido pra você? Se essas sacadas tem feito sentido para você comente agora e não esqueça de nos seguir e assinar nosso canal do youtube. Ação pessoal, vamos agir, e eu aguardo você no próximo video.