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Você trabalha de forma dura na reconstrução da face oclusal perfeita. Refaz as cúspides, se esmera na anatomia, faz um acabamento e polimento caprichados e ao remover o isolamento absoluto e perguntar ao paciente como está, ele responde “muito alto”.
Aí iniciamos as sequências de ajustes oclusais. Começamos cautelosos, com paciência, removendo com cuidado e perguntando cheio de esperanças como está? E essa esperança dura apenas alguns segundos, pois o paciente responde: continua alto.
Paciência é inversamente proporcional ao ajuste oclusal, a medida que o ajuste aumenta a paciência diminui, e depois de tantas tentativas e a mesma resposta, pegamos uma ponta diamantina e ZÁS… Removemos toda a anatomia… Agora está ótimo informa o paciente, e você se pergunta porque teima em ficar reconstruindo cúspides, fóssulas, cristas e todos esses detalhes anatômicos, quando sempre precisamos de correções para conseguir um oclusão confortável.
Vou te dizer agora seis dicas de como diminuir esse inconveniente e terminar com uma superfície oclusal ajustada de forma mais simples e rápida.
DICA 1 – Cheque os contatos antes de começar. Use um carbono fino antes da anestesia e confira onde você deve ter atenção durante a escultura da sua camada final de resina. Esse pequeno detalhe já te diz que tipo de oclusão você vai enfrentar. Vai esquecer? Faça uma foto e olhe durante a restauração.
DICA 2 – Observe os dentes vizinhos. A anatomia dos dentes saudáveis podem servir como um guia durante a sua reconstrução. Você pode observar posicionamento e profundidade de fóssulas, largura e posição das cúspides e cristas marginais, além de alguns detalhes como as facetas de desgaste. Dentes saudáveis sempre nos informam muito daquilo que tentamos reconstruir.
DICA 3 – Não isole apenas o dente que será trabalhado, assim você não poderá observar os detalhes dos dentes adjacentes.
DICA 4 – Conheça anatomia. A maneira mais efetiva de fazer correções oclusais mínimas é estar familiarizado com o dente que está restaurando. Cada dente é um dente, mas todos apresentam características estruturais básicas, que devemos conhecer.
DICA 5 – Controle o tamanho dos incrementos de resina. Além dos problemas relacionados à contração e ao estresse de polimerização, um tamanho incorreto de resina leva a um tamanho e posicionamento incorretos das cúspides, o que resulta facilmente em contatos prematuros.
DICA 6 – Evite o excesso de material além das margens. A maioria das resinas compostas é colocada além das margens cavitárias, o que leva a contatos prematuros. Além desse aspecto, essa superfície muitas vezes não foi condicionada nem recebeu agente adesivo, tornando-se assim uma área mais susceptível a descolorações e cáries secundárias. Este problema é difícil de perceber depois da polimerização. Esse inconveniente pode ser controlado com uma boa magnificação e uma maior atenção.
Se temos o conhecimento da anatomia, fica simples recriar as estruturas, diminuindo assim a necessidade de correções oclusais.