ID#111 – Eu não uso e você?

Tempo de leitura: 2 minutos

Transcrição do vídeo

Então vamos lá eu sou Dulce Simões do Inspirando Dentistas e faço vídeos semanais para facilitar sua vida clínica e muitas vezes esses vídeos são feitos baseados em perguntas enviadas por colegas através das nossas várias plataformas. E sua semana eu recebi o questionamento de uma colega sobre a utilização do cimento de ionômero de vidro como material restaurador de cavidades cervicais, cariosas ou não. E ela me questionou porque observou que falo muito pouco sobre esse material. Se esse assunto faz sentido pra você fique aqui comigo que é sobre isso nosso vídeo de hoje.

Pois bem. O ionômero de vidro é um cimento que apresenta algumas qualidades maravilhosas como adesividade, liberação de flúor e biocompatibilidade. E aqui entenda que ele é biocompatível desde que não seja colocado diretamente sobre a polpa, claro. Ficou claro? Entre ele, o material e a polpa deve haver uma espessura, mesmo que mínima de dentina. Porém, apesar de todos esse atributos, de todas essas qualidades, o cimento de ionômero de vidro é um material de baixo módulo de elasticidade. Ah! Dulce o que é isso? Módulo de elasticidade é uma propriedade mecânica. Essa propriedade mede a rigidez de um material sólido. Como assim? Essa medida é a relação entre tensão, ou seja quanto de força é colocada numa determinada área para que o material, que está recebendo essa força sofra deformação. Vamos simplificar essa história? Quanto mais rígido o material maior seu módulo de elasticidade. E o nosso querido ionômero tem baixo módulo de elasticidade, ou seja, na hora em que forças são colocadas sobre ele, devido às movimentações cervicais,  esse material sofre deformações e consequentemente devido a essas deformações é gerada uma tensão nessa região. Esse material sofre deformação e concentração de tensão, com baixa recuperação do comportamento biomecânico. Logo, não é o material de preferência para essa região. E além disso tudo é um material mais suscetível a degradação ácida e desgaste por atrito. Resultado de todo esse samba? Taxa de sucesso da restauração baixa.  Resumindo e concluindo: Prefiro restaurar as lesões cervicais com resinas compostas. Eu já me coloquei e você? O que vem usando para restaurar essas cavidades? Coloque abaixo e vamos conversar mais sobre isso, ok?

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Beijo grande e eu te vejo no próximo vídeo.