5 Erros na Cimentação Adesiva

5 Erros na Cimentação Adesiva

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Existe algo mais frustrante do que o paciente te ligando e dizendo que aquela peça que você cimentou caiu? Se preocupa com o melhor planejamento possível. Faz os preparos seguindo todos os princípios, molda com o melhor material de moldagem, indicado naquele último curso que você esteve presente. Arrasa no provisório, mas na hora da cimentação… Mil materiais no mercado, são tantos que não sabe o que usar. Será que uso o mesmo em todas as situações? Em todos os tipos de cerâmicas? Com qualquer sistema adesivo?  Cimentação adesiva não é coisa para amador, tem que estar atento às várias minúcias. Possíveis falhas podem acontecer nesse momento, dentre elas:
1. INDICAÇÃO ERRADA DO CIMENTO. Existem três tipos de cimentos resinosos quando a questão é forma de ativação, quimicamente ativados, fotoativados e duais. Os fotoativados e os duais só podem ser indicados em situações onde a luz do seu fotopolimerizador é capaz de chegar. Para os laminados cerâmicos de espessura entre 0,5 a 1,5 mm a indicação é para os fotoativados. Os mais usados em inlays e onlays são os duais. Porém para coroas com coping metálico, de alumina ou zircônia, o cimento indicado é o quimicamente ativado.
2. POLIMERIZAÇÃO DEFICIENTE. Se você está usando um cimento fotoativado ou dual deve ter um bom aparelho que apresente uma potência adequada para uma polimerização efetiva. Essa faixa? De 600 a 1.000mW/cm2.
3. USO DE SISTEMAS ADESIVOS SIMPLIFICADOS. Os sistemas adesivos auto-condicionantes de pH ácido apresentam incompatibilidade com os cimentos resinosos duais e quimicamente ativados. Os monômeros ácidos desses adesivos não se polimerizam totalmente na camada mais externa. Assim, eles interagem com a amina terciária dos cimentos, impedindo a formação de radicais livres pela ação dessa amina com a canforoquinona, que é a reação de polimerização.
4. POUCO CIMENTO NA PEÇA. Quando isso acontece regimes podem ficar sem cimento tendo como consequência infiltração.
5. NÃO SEGUIR CORRETAMENTE OS TRATAMENTOS DE SUPERFÍCIE. A qualidade de união depende muito do tratamento que é dado a superfície da peça, e nem todas têm o mesmo tratamento. É preciso saber que tipo de material está sendo utilizado para realizar o correto protocolo. O mesmo acontece com relação ao substrato dentário, se é esmalte, dentina ou ambos e que sistema adesivo e cimento estão sendo empregados.
Adesão mudou paradigmas, formas de trabalhar e surgiu para facilitar. Não podemos cometer erros que comprometam nosso trabalho. Vamos aprender a usar esses recursos em nosso favor!
 
  • Hirata, R. Shortcuts em Odontologia Estética. 1 ed. Berlin: Quintessence, 2016.
  • Della Bona, A. Adesão às cerâmicas: evidências científicas para o uso clínico, Artes Médicas, 2009.
  • Garcia, EJ. et al. Incompatibilidade entre sistemas adesivos simplificados e cimentos resinosos/resinas compostas. R. Dental Press Estét, Maringá, v.5, n.4, p.90-103, out./nov./dez.2008.